CIRANDA CIRANDINHA DOS RELACIONAMENTOS
CIRANDA CIRANDINHA DOS RELACIONAMENTOS
Ciranda, cirandinha, vamos todos cirandar
Vamos dar a meia volta, volta e meia vamos dar
O anel que tu me deste era vidro e se quebrou
O amor que tu me tinhas era pouco e se acabou
Por isso seu fulano entre dentro desta roda
Diga um verso bem bonito, diga adeus e vá-se embora.
Quem nunca brincou desta cantiga de roda?
Não sei quem foi o autor, nem tampouco me importa
Se ele teve algum propósito, quando criança eu na sabia
Mas agora, pensando na letra percebi a maestria
Tal cantiga retrata dos relacionamentos a realidade
Eles dão voltas e voltas, e só pioram com a idade.
Tudo começa com uma brincadeira inocente.
Pois isso à criança é inerente.
Uma volta, meia volta, volta e meia.
A criança cresce, e a inocência desaparece
E o anel que tu me deste?
A aliança? Quebrou, era de vidro!
Não há mais nada que me interesse!
E o amor prometido?
Terminou, não agüentou, não foi suficiente!
Então a roda pára, num suspense inquisitório
Escolhesse um “amigo expiatório”
Afinal, tem que ter algum culpado
Que precisa ser julgado, castigado!
Vá para o meio da roda!
Em sua defesa diga um verso bem bonito
Inútil com certeza, porque o destino já foi escolhido!
Da roda está excluído!
E a ciranda continua!
Luciano Pinheiro