A Riqueza de Deus (2ª parte)

28/07/2010 16:31

  As nossas riquezas devem servir para conseguir amigos no céu

Lc 16.8-13: As pessoas deste mundo são muito mais espertas nos seus negócios do que as pessoas que pertencem à luz. Por isso eu digo a vocês: usem as riquezas deste mundo para conseguir amigos a fim de que, quando as riquezas faltarem, eles recebam vocês no lar eterno. Quem é fiel nas coisas pequenas também será nas grandes; e quem é desonesto nas coisas pequenas também será nas grandes. Pois, se vocês não forem honestos com as riquezas deste mundo, quem vai pôr vocês para tomar conta das riquezas verdadeiras? E, se não forem honestos com o que é dos outros, quem lhes dará o que é de vocês?

Um escravo não pode servir a dois donos ao mesmo tempo, pois vai rejeitar um e preferir o outro; ou será fiel a um e desprezará o outro. Vocês não podem servir a Deus e também servir ao dinheiro.

 

Há pessoas que não são sábias na administração de seus bens. Jesus diz inclusive que muitos ímpios são mais sábios em seus negócios do que os filhos de Deus. Pois aqueles apesar de suas atitudes erradas sabem fazer amigos com seus bens, os quais eventualmente poderão protegê-los depois. A Parábola que Jesus contou milênios atrás é ilustrada por um ditado popular muito moderno: uma mão lava a outra.

Essa é a sabedoria popular usada pelos corruptos, mas Jesus lembra que essa sabedoria deveria ser usada para o bem, pelos filhos de Deus. Isto é, deveríamos fazer amigos no céu.

 

A diferença do rico para o próspero está no coração.

 Lc 18.18 - Certo líder judeu perguntou a Jesus:

– Bom Mestre, o que devo fazer para conseguir a vida eterna?

Jesus respondeu:

– Por que você me chama de bom? Só Deus é bom, e mais ninguém. Você conhece os mandamentos: “Não cometa adultério, não mate, não roube, não dê falso testemunho contra ninguém, respeite o seu pai e a sua mãe.”

O homem respondeu:

– Desde criança eu tenho obedecido a todos esses mandamentos.

Quando Jesus ouviu isso, disse:

– Falta mais uma coisa para você fazer. Venda tudo o que você tem, e dê o dinheiro aos pobres, e assim você terá riquezas no céu. Depois venha e me siga.

Quando o homem ouviu isso, ficou muito triste, pois era riquíssimo. Vendo a tristeza dele, Jesus disse:

– Como é difícil os ricos entrarem no Reino de Deus! É mais difícil um rico entrar no Reino de Deus do que um camelo passar pelo fundo de uma agulha.

Os que ouviram isso perguntaram:

– Então, quem é que pode se salvar?

Jesus respondeu:

– O que é impossível para os seres humanos é possível para Deus.

Aí Pedro disse:

– Veja! Nós deixamos a nossa família e seguimos o senhor.

Jesus respondeu:

– Eu afirmo a vocês que isto é verdade: aquele que, por causa do Reino de Deus, deixar casa, esposa, irmãos, parentes ou filhos 30receberá ainda nesta vida muito mais e, no futuro, receberá a vida eterna.

 

Esta é outra passagem comumente mal interpretada e fonte de controvérsia. As palavras de Jesus não devem ser interpretadas como uma regra geral. Foi uma palavra específica àquele rapaz. O rapaz queria a vida eterna e perguntou a Jesus o que fazer para alcançá-la, Jesus lhe expôs os mandamentos ao que o rapaz respondeu que os observava desde criança. Entretanto Jesus conhecia o coração do rapaz e sabia que ele estava nas riquezas que possuía, então Jesus mandou o rapaz trocar de tesouro: venda tudo o que você tem, e dê o dinheiro aos pobres, e assim você terá riquezas no céu; Porém, o rapaz preferiu o tesouro terreno ao celestial. Jesus quis dar um propósito para a vida do rapaz: Depois venha e siga-me; mas ele preferiu as riquezas que para ele eram mais importantes.   

 

Lc 19.1-10: Jesus entrou em Jericó e estava atravessando a cidade. Morava ali um homem rico, chamado Zaqueu, que era chefe dos cobradores de impostos. Ele estava tentando ver quem era Jesus, mas não podia, por causa da multidão, pois Zaqueu era muito baixo. Então correu adiante da multidão e subiu numa figueira brava para ver Jesus, que devia passar por ali. Quando Jesus chegou àquele lugar, olhou para cima e disse a Zaqueu:

– Zaqueu, desça depressa, pois hoje preciso ficar na sua casa.

Zaqueu desceu depressa e o recebeu na sua casa, com muita alegria. Todos os que viram isso começaram a resmungar:

– Este homem foi se hospedar na casa de um pecador!

Zaqueu se levantou e disse ao Senhor:

– Escute, Senhor, eu vou dar a metade dos meus bens aos pobres. E, se roubei alguém, vou devolver quatro vezes mais.

Então Jesus disse:

– Hoje a salvação entrou nesta casa, pois este homem também é descendente de Abraão. Porque o Filho do Homem veio buscar e salvar quem está perdido.

 

Diferentemente do caso do rapaz, Jesus não pediu para Zaqueu vender todos os seus bens, mas o próprio Zaqueu decidiu dar a metade aos pobres e restituir o dano pelos seus pecados.

A metade aos pobres – isto mostra o equilíbrio, a coerência e como o dinheiro e a vida cristã podem andar lado a lado. Dou sem dar tudo. Penso nos outros mas não esqueço de mim.

Devolver quatro vezes mais – isto mostra obediência a lei.

 

Observe como o que diferencia Zaqueu do rapaz rico é a atitude do coração:

O rapaz era um líder judeu que observava os mandamentos; Jesus sugeriu que vendesse seus bens e desse aos pobres; o rapaz ficou triste.

Zaqueu era um publicano cobrador de impostos, se alegrou com Jesus; decidiu dar a metade dos bens aos pobres; observou o mandamento.

Como fez Zaqueu devemos fazer mais do que nos é pedido. Zaqueu poderia ter dito: a partir de hoje vou fazer aquilo que a lei determina. Se eu roubei de alguém vou devolver quatro vezes mais. O que já seria uma prova de mudança de sua parte, mas o seu coração transbordou em generosidade e Zaqueu direcionou metade de seus bens para ajudar as pessoas.

 

Como vimos, é possível conciliar prosperidade material sem perdermos nosso foco espiritual. Basta colocarmos as coisas no seu devido lugar: Jesus como Senhor e o dinheiro como servo!

   

 

Tópico: A Riqueza de Deus parte 2

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